A manifestação que levou até à escadaria fronteira ao parlamento vários milhares de agentes das várias polícias terminou oficialmente por volta das 21h40, após apelo à desmobilização emitido pelas organizações sindicais convocantes. Uma delegação tinha acabado de ser recebida pela presidente da Assembleia da República. Durante a noite voltaram a repetir-se momentos de grande tensão entre os manifestantes e o contingente policial que lhes vedava a passagem.
À saída da reunião com Assunção Esteves, o secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, Paulo Rodrigues, não trazia qualquer compromisso da sua interlocutora e limitou-se a afirmar: "Esperamos neste momento uma atuação de quem tem poder de decisão para mudar a realidade das forças de segurança". Paulo Rodrigues disse ainda esperar que o resultado da manifestação tenha impacto e que o Governo não a desvalorize.
Anteriormente tinha havido derrubamento de barreiras na base da escadaria de S. Bento e os manifestantes tinham subido parte dessa escadaria, mas sem chegarem ao topo. Também se tinha registado a utilização de meios pirotécnicos por parte dos manifestantes (vd. foto).
Um porta-voz da PSP, comissário Rui Costa, chegara a advertir os manifestantes de que, em caso de subirem a escadaria, a PSP tinha legitimidade para usar a força. O comissário afirmou também que "a PSP está a tentar resolver a situação pela via do diálogo".
A PSP já antes fizera várias advertências aos manifestantes para recuarem e para adotarem uma conduta pacífica à frente da Assembleia da República. As advertências da polícia para que fosse mantida a calma foram acompanhadas por um elemento sindical, e feitas por megafone.
No final da manifestação, havia registo de três membros do Corpo de Intervenção da PSP feridos, e posteriormente assistidos por equipas do INEM, bem como de dois manifestantes identificados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário