Presentes em missões internacionais
Depois de uma missão tornam-se mais ansiosos, hostis, vulneráveis e com níveis mais elevados de depressão mas, por outro lado, são habitualmente militares menos agressivos.
Os militares da GNR que estiveram em missões de paz ou cenários de guerra são mais ansiosos e sofrem mais depressões do que os elementos que nunca estiveram em missão, segundo uma tese sobre personalidade e ag
ressividade.
O investigador da Faculdade de Psicologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, José Cardoso, decidiu analisar os traços de personalidade e os níveis de agressividade dos militares e para isso entrevistou 535 elementos do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS).
O autor diz que entre os militares predominam dois tipos de personalidade: os que são "ligeiramente anti-sociais e narcisistas" e os que apresentam variantes dos tipos obsessivo-compulsivo ou personalidade dependente. Normalmente, os primeiros tendem a preferir cenários de guerra e os segundos missões de paz, de acordo com o autor.
Um em cada quatro entrevistados para este trabalho já tinha realizado missões internacionais:7,9% tinha estado em teatros de guerra e 17% em missões de paz. José Cardoso concluiu que a participação em missões altera a personalidade dos militares, que passam a estar menos abertos a novas experiências e apresentam níveis mais baixos de "confiança, retidão, altruísmo, complacência, modéstia e sensibilidade".
Depois de vivenciar situações traumáticas, estes militares passam a apresentar níveis mais baixos de "extroversão", ou seja, de acolhimento caloroso, assertividade e emoções positivas.
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