domingo, maio 26, 2013

Estudo sobre fusão de forças de segurança é um «embuste»

TVI24


Sindicato do SEF considera que se trata de «uma manobra de baixo nível» e de «terrorismo informativo»

O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF classificou de «embuste» o estudo que defende a fusão das forças de segurança do Ministério da Administração Interna, considerando tratar-se de «um terrorismo informativo».

«O estudo não passa de um fraco rascunho que parte de premissas erradas e que, como é natural nestes casos, não consegue ir além de conclusões medíocres, as quais, por seu turno, não fundamenta. Em síntese, é um embuste», refere um comunicado do sindicato enviado à agência Lusa.

A reação do sindicato dos investigadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) surge após um estudo do Sindicato dos Oficias da PSP (SOP/PSP), já entregue ao ministro da Administração Interna, defender a criação de uma polícia única através da fusão da PSP, GNR e SEF.

O estudo dos oficiais da PSP demonstra que a fusão da PSP, GNR e SEF numa polícia nacional civilista resultaria numa redução de despesa da ordem dos 624 milhões de euros, no final do sexto ano de execução, e que «aliviaria as contas do Estado no mínimo em 81 milhões de euros no primeiro ano».

Na nota, o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF (SCIF-SEF) refere que o estudo não contou com a colaboração de elementos do SEF, adiantando que o documento tem «a total ausência de rigor técnico ou científico».

Para o SCIF-SEF, trata-se de «uma prática típica de quem, não só não possui categoria para discutir com limpezas argumentos na praça pública, como esconde uma agenda que não se sabe ao serviço de quem».

O sindicato acrescenta igualmente que a apresentação do documento é «uma manobra de baixo nível» e «terrorismo informativo».

«Criar ruído num momento particularmente delicado para a sociedade portuguesa, em geral, e para os profissionais das forças e serviços de segurança, em particular, é um comportamento não só inoportuno, como incompreensível, lançando a confusão, causa instabilidade ao sistema de segurança e prejudica o país», diz ainda a nota do sindicato.

Num seminário realizado, em março, pela direção nacional da PSP e o Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), foi também defendida a criação de uma polícia única e demonstrado que a fusão da PSP, GNR e SEF representaria uma poupança de pelo menos 145 milhões de euros por ano.

O Governo já afirmou que não tenciona fazer mudanças na segurança interna, uma vez que o atual modelo está estabilizado.

Um comentário:

  1. A duplicação,neste caso só se for nos comandos,mas será só neste sector que existem ,é só lembrar que até há bem pouco tempo existiam dois organismos que exerciam no mesmo meio, quase as mesmas funções, o ICN , Instituto da Conservação da Natureza e a AFN,Autoridade Florestal Nacional que se fundiram no ICNF.

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