Correio da Manhã
Os cortes orçamentais decididos no Conselho de Ministros da Europa, cujas consequências também se irão reflectir na área da segurança pública, mereceram uma reacção do movimento sindical, tendo-se realizado, no passado dia 29, em Bruxelas, uma manifestação, na qual a APG participou na delegação da EuroCOP.Neste mesmo dia em Portugal, no meio de protestos, foram decididas medidas de austeridade, cujas implicações se farão sentir na qualidade dos serviços públicos. Ora, num rasgo de pura alienação das prioridades nacionais, esta mesma semana o MAI decide gastar 5 milhões de euros em equipamento para a Cimeira da NATO, sendo uma parte substancial destinada à aquisição de veículos antimotim blindados.
Importa salientar que a GNR tem este equipamento, capaz de actuar eficazmente, e profissionais devidamente qualificados para o operarem.
É uma decisão insólita e inconsequente, a não ser que venham a surgir criativas explicações acerca da pertinência de se usar desta forma o dinheiro do erário público.
Enquanto isso, carros-patrulha e instalações a cair de podre continuam a garantir a segurança dos portugueses, sem que se pareça querer dar atenção a esta realidade.
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